17 dezembro 2010

Maremoto

Tsunami, se ainda me amas,
alcance-me nas ondas
que tu me provocas

- a mão deslizando
feito um peixe-espada
entre as minhas pernas –

redescobre infinitamente
as minhas cavernas
e convoca
o meu fim do mundo

onde a saudade tua
sempre
desemboca.


(por ter me lembrado um dizer antigo dos muros do Rio: "Celacanto provoca maremoto")

9 comentários:

  1. muito, muito sexy... foda... sou teu fã.

    F. Mello

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  2. Muito interessante. Sensual sem ser vulgar. Adoro coisas assim.
    Beijão.
    Thiago Freitas

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  3. obrigada, Thiago!

    (um dia a gente faz uma juntos, sim)

    bjbjbj

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  4. uau! que pernas, quero dizer, que poesia! rs rs

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  5. Na carne os versos passeiam, sempre buscando um itinerário mais inexplorado, pois as veredas estreitas nos toma com violencia, queremos sempre desbravar o mundo novo, por mais mordedor que seja!! Seus territórios são os mais tentadores.

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