20 junho 2010

Orvalhado

Quero afundar no peito do meu Rei dos Sátiros,
arder no acre desse macho alfa,
beijar a pele transparente, mármore
e ver seus dentes me fazendo marcas.

peço por ele em poemas, grito!,
- ventre que espera, obedece, exalta -
faço promessas de ficar em casa
(no canto dos olhos ainda tenho asas)

e ele me chama: "taça, lira, espelho",
despe, cuida, a fêmea da sua raça, 
e toma meu ventre, habita por inteiro 
como se fora um Macho Costas Prateadas.

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