13 maio 2020

Iniciática

Iniciática

Esgarça
a gaze branca que me cobre.
Na meia-taça
derrama qualquer bebida,
mesmo a menos nobre.
Tinge de chamas, aguardentes,
se embriaga em auréolas rosadas
– de anjo elas não têm nada –
Asas caídas, no meu céu ungido:
segue esse líquido até perto do umbigo.
Percorre um Zênite, a anca
junção do Elísio e Inferno,
e dorso-ventral
e inversamente
desemboca sua boca na nascente.Absorve o seu Carma
meu gozo e presente.
Absolvo sua alma,
conservo seu corpo,
éter e semente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário