Espinho de rosa,
fiapo de manga,
presente guardado
no fundo da bolsa
pedaço arrancado
que ainda coça.
Saudade é bordado
dentro da gaveta.
O lábio puído
da falta de beijo,
unha de pimenta,
melado no dedo,
nome costurado
em dobra de vestido,
saudade é verdade
que a gente inventa.
Formiga-de-fogo
infestando a alma
poço sem caçamba
sem corda e sem água
sepulcro de sonho
e na pele um Saara
saudade é febre
que dá e não sara.
que dá e não sara.
vc tá a cada texto mais interessante!
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