29 fevereiro 2012

prefácio para coletânea Sensuale

Sabemos o que é ser Sensuale.
É extrair do corpo, da carne, da ponta dos dedos, o verso moído dentro de um desejo,
é pegar e domar à unha esse touro bravo e às vezes doído
que é cada palavra
não sussurrada ainda,
e suar em bicas a poesia nua, perfume de vida.

Sensuale é necessária à propagação da espécie - espalhem a notícia como se fosse nova -
Poesia que cheira a pelos, temperos em exagero, e que está em pleno cio.
Poesia que anda na beira.
Sensuale é nos canto-dos-lábios, a próxima boca, beijo que  não foi dado...
Sensuale canta o amor, o sexo, o desejo não tão escondido,
esse descarado...

Flá Perez fevereiro 2012


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