Uma mulher abnegada, grande árvore-de-sombra
(dois frutos pequeninos, sapato baixo,
roupa cáqui sóbria para não dar trabalho),
entrou no restaurante.
Partiu a carne em seus pratos fundos,
que era pra eles não mexerem em facas.
E eu quase chorei de pena
da sua capacidade de anulação.
Mas então pensei ela é amarga feito a carqueja,
ela talvez não goste nem de gatos
quem sabe ela trate mal os pretos,
para confortar a minha solidão
e inveja.
(eu e as filhas em 2008)
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