Ela tem o corpo sempre aberto,
todo feito de faltas e excessos
e muito pequeno para seus desmandos
- uns gestos -
Nele não cabe tudo o que ela sabe
por isso aqueles grandes olhos
imersos em quasares,
soturnos,
olhos enormes de animal noturno
- se ela é a presa,
há que se cuidar no escuro -
E se por descuido ou por vontade
ela nos sorve
para dentro da voragem
aquele corpo pequenino e sempre aberto
apascenta os pedaços
com a urgência de alguém que morre.
31 maio 2010
Sumidouro
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sem palavras, pura emoção do lado de cá ;)
ResponderExcluirbeijo
Gostei muito dos seus poemas, te add no facebook por indicação do Marcelo Novaes. Prazer!
ResponderExcluirBeijo.
Ow Geraldo...
ResponderExcluirbjbjbjbj
Welcome Lara!
ResponderExcluirbjbjbj
Gostei muito deste espaço cheio de velocidade. Parabéns.
ResponderExcluirAmei seus rugidos, mulher.
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