28 agosto 2011

Radical

Hoje não tem
fossa e bolero
nem lentas sílabas
de drama e espera.

Sofrer? Não, hoje não quero!

Que venha a dor aguda
de ser afinada
nesse corpo grave

e ao me jogar nas cordas
da sua guitarra,
que eu tenha a pele
toda recortada.

Vai me Fender, enfim,
no seu colo ávido
quando soar metálica
entrecortada
e trágica
entre seus dedos
mágicos.

Essa noite é heavy metal.
Vou ceder, elétrica,
ao som de um Sepultura,
Def Leppard overture,
overdose hardcore,

qualquer coisa que arda e cure.

Ainda que depois eu sobre
flor esmagada
entre suas partituras.

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