05 agosto 2011

Dedicatória

Ao falso príncipe, ser incorpóreo,
semi - existente, quase lendário.

Ao imprevisto eclipse
que fingiu ser cúmplice
quando era adversário

e me corrompeu a sensatez
aos poucos.

Ao monstro agreste
que me obrigou a escolher um lado,
esquerdo, direito,
o que importa agora?
Invariávelmente era o lado errado.

Logo eu que sempre fui a Suíça,
virei tirana, doida varrida,
uma desvairada.
Fiz guerras civis, afrontei deuses,
vociferei e comprei brigas.

A ele, muito obrigada.

2 comentários:

  1. Que fantástica epopeia, Menina!!
    Suas aventuras extraordinárias em viagens por universos tantos, as vezes sombrios e frios, outras abrasadores e reluzentes, são realmente o que se diz de nadar a esmo, varando continentes, cumprindo os seus doze trabalhos de Hércules, satisfazendo e satisfazendo-se, mas colhendo também desventuras aqui, ali, acolá.. mas faz parte.

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  2. Somos feitas de vários sabores.
    Também Dolorosamente.

    Muito bom;me vi aí.( ui)

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