06 abril 2009

Diferenças















Hybrys sobre-humana,
força daimônica,
já nasce sem siso
(como tudo que é bom)

e come o juízo
de Métron,
razão inconvincente,
filho-de-Adão.

Tempestade
que inverte a lógica
torrencialmente
corre contra a direção,
contracorrente.

Ela sabe o preço que paga:
tarrafa que enrola
nas curvas de um rio tranquilo,
o jeito incontido
cais em seus braços,
e perde o sentido.

Ele pensa que a sossega,
mas, de surpresa,
ela o pega
se achega, se esfrega,
o leva na correnteza.

"Navegar é preciso", diz

"e Métron mata Hybrys,
se ela fica presa".

Nenhum comentário:

Postar um comentário