21 novembro 2011

Érebo, 3 horas da tarde

Esses Páris e Orfeus
não chegam ao fim de nada.
E os que chegam, como Teseu
logo depois se vão embora.

Não sou Helena ou Eurídice
já lhe disse!
Prefiro ser essa Revolta
(deusa brasileira da cor da Caipora)

Faço feitiços, tomo aviões, me desfaço
e se ele não me quiser
digo que me mato, me vingo
morro e renasço.

Assim sou uma dorzinha lá no fundo
que não passa.

Arrume uma Ariadne, uma coitada
tenha os filhos que eu não posso
e mesmo assim não me esqueça
(pro meu antídoto
só eu tenho a doença)

e saiba, não volto
nem que de joelhos
me peça.

Portal do Poeta Brasileiro

Um comentário:

  1. Não seja dura com os deuses! Não são eles que habitam esses mortais sem tutano, o nome de vossas entidades estão sendo mal-usados, por impostores incapazes de heroísmo, que no máximo têm gabarito pra erguer as mãos e idolatrar a verdadeira deusa, tal qual Diana Prince, também anda de avião.

    ResponderExcluir