28 junho 2007

Irresoluto

Vou ao teu encontro lúcido, irredutível.
Repito comigo a decisão irrevogável.:

- Vai ser mais uma lembrança, uma impossibilidade.
Esperar tudo ou mesmo algo é mesmo muita ingenuidade.

Complicada, proibida, vespeiro, cumbuca:
Sou macaco velho, não vou nem te tocar.

Se não usar tudo que aprendi...
(as coisas que esqueci agora que te vi!)

Ondulante cilada caminha para mim.
Tua boca semi aberta agora
toda a minha retórica leva logo embora.

- E os braços
envolvendo meu pescoço
a me jugular -.

O beijo desferido, o derradeiro golpe:
Língua dolosa,
vai sugar- me pra dentro de ti.

Dissoluto, vencido enfim,
encaixo teu corpo no meu
e deixo a correnteza me levar.

De nada valeu minha lógica:
Sou teu.

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