As mãos dadas, indolentes
no labirinto, o início.
O fio lasso de Ariadne,
as almas castas, transparentes ,
perdemos sob o portal
na beira do precipício.
Escuras estreitas passagens,
acidentadas estradas
e floridas alamedas
pés descalços,
percorri.
Longos caminhos, veredas
até chegar aqui.
Coloriu-se nas quedas
meu lindo vestido branco
de diferentes inúmeras pedras.
Tinto de sangue das gentes,
foi enfeitado de lágrimas,
de culpados e inocentes.
Mas a dobra temporal
traz de volta o labirinto.
Do portal , vejo o Sol lá fora.
Volto os olhos e pressinto:
"Tarde demais , Teseu é agora
o Minotauro faminto".
25 maio 2007
Teseu e o Labirinto
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